Amigos é com muito prazer, ou melhor gosto, porque prazer é outra
coisa que vos dou a conhecer uma mulher fantástica, de sorriso aberto para a
vida e para o ser humano. Dra. Aline Castelo Branco, nascida no nosso país
irmão o Brasil, mas atualmente a viver em Portugal.
É mestre em educação sexual, é jornalista e
ainda especialista internacional em PNL!
Para quem quiser conhecer melhor o seu trabalho por favor é só clicar
nos links em baixo.
Dra. Aline: Os ensinamentos são através da
tomada de consciência, de entender quem é você no processo da vida, porque está
fazendo o que faz, como é sua relação e o que deseja dela. São técnicas de
mudança de pensamentos, para alcançar seus objetivos mais rápido.
Margarida Menezes: Existe por vezes na nossa sociedade crenças e barreiras sexuais
impostas pelos nossos pais, pelos nossos amigos e até pela nossa cabeça. Como
ajudar a combater e desbloquear isso?
Dra. Aline: Não necessariamente. Uma crença
construída pode ser limitadora, mas existem crenças também potencializadoras que
projetam o ser humano para vida. O rompimento de crenças que nos limitam é feito
através de uma mudança de atitude e de querer sair do passado.
«O ser humano
vive 70% da sua vida no passado, no que já foi e 20% no futuro idealizando e
10% no presente»
Viver o agora é o mais importante. Para que isso
aconteça é necessário fazer um trabalho de terapia e autoconhecimento.
Dra. Aline: O medo de olhar pra si. O medo
de arriscar. O medo de querer sair de uma situação confortável para se entregar
ao desconhecido.
«As pessoas ainda acreditam muito no amor romântico e
isso tem destruído cada vez mais as relações. A ciência já aboliu o amor
romântico, por se tratar de uma idealização do outro. Se cada um compreendesse
que o amor é um processo de construção, muitos problemas seriam evitados»
Margarida Menezes: Nota mais problemas de sexualidade com os homens ou com as
mulheres?
Dra. Aline: Nas mulheres, por conta de um
processo histórico e cultural que dita regras, temos a interferência da
religião, do patriarcado, da cultura, que acabam fazendo com que a mulher se
sinta cada vez mais reprimida.
Margarida Menezes: A homossexualidade caminha a passos largos para uma maior
aceitação da sociedade, mas ainda há algum tipo de preconceito nem que seja de
forma camuflada. Sente que essas pessoas que reprimem os seus
sentimentos são pessoas menos felizes, porque não assumem o seu sentimento ao
mundo por medo de represálias?
Dra. Aline: Sim. As emoções são inerentes
ao ser, independente da sua orientação sexual. Quando a pessoa não se sente bem
com seu corpo, com suas escolhas é impossível ser feliz. A aceitação da
homossexualidade é uma questão cíclica. Na Grécia Antiga, era a prática muito
comum a relação entre dois homens, hoje encaramos essa situação como sendo algo
criminoso, porque a igreja assim nos educou.
«Mas acredito que o mundo está
caminhando para a bissexualidade, que é o amor entre as pessoas, sem se
preocupar com o gênero. »
Margarida Menezes: Os portugueses vivem satisfeitos sexualmente ou ainda temos um caminho longo a percorrer?
Dra. Aline: Olha, uma pesquisa do início dos
anos confirmou que; O sexo é
muito importante para os portugueses, mas quase metade (43%) confessa que
poderia estar mais satisfeito com a sua vida sexual. Ou seja, apenas 57% dos
portugueses diz estar muito satisfeito com a sua vida íntima. Os portugueses
ainda são conservadores e precisam se abrir mais para essa questão
Margarida Menezes: O que retrata os programas online que criou: «Como dar prazer à
mulher» e «Linguagem do amor»?
Dra. Aline: O Como dar prazer à mulher é
um programa de curso online voltado para os homens. Nesse curso, eu ensino como
o cara pode compreender melhora a mulher em diversas fases: amor, comportamento
e sexo. Ensino truques para aperfeiçoar a prática da preliminar, baseado
na teoria do kama Sutra e o meu método dos 5 passos: preparação, exploração,
ação, ápice e conclusão, para levar a mulher aos orgasmos mais rápido. Isso
deixa o homem com autoestima mais elevada, mais confiante e sem falar que tem
qualquer mulher aos seus pés.
Dra. Aline: Não existe idade para acontecer
o primeiro beijo, nem a transa. O que se recomenda é que seja feito consciente
e com permissão, ou seja, consentido.
Margarida Menezes: Em relação à abstinência sexual. Dando o meu exemplo, eu tive
quatro anos de abstinência e agora vou em dois anos de abstinência, e sinto-me
perfeitamente bem. A Dra., acha que a abstinência sexual pode ser uma
doença? Pergunto isto, porque já me chamaram «doente» por este facto.
Dra. Aline:Não é doença é uma escolha.
Existe o que chamamos de pessoas assexuadas, que são aquelas que perderam o
interesse pelo sexo. Já tiveram a experiência, mas não precisa do ato sexual
para se sentir feliz, bem. Os assexuados chegam a se envolver com outra pessoa,
ter um relacionamento, mas não chega ao ato do sexo. Isso não é uma doença.
Margarida Menezes: Como é que devemos agir quando damos «sexo» para tentar ter «amor»
e virmos que nunca vai passar de sexo? Isto vale para os dois homem/mulher.
Dra. Aline: Sexo e amor são coisas
distintas. É o que muita gente não compreende. Você pode muito bem amar uma
pessoa e querer sexo com outra sem compromisso, isso porque lidamos com o
desejo e as emoções. O amor é racional. É claro, que quando o sexo é feito com
a pessoa que você ama, tudo fica muito mais lindo e prazeroso. Mas nada impede
de você ter sexo apenas. Agora, fazer isso achando que vai prender ou segurar o
homem, é tempo perdido.
Dra. Aline: Que por favor, usem camisinha.
Eu recebo muitas mensagens de jovens, que estão fazendo muita besteira por ai.
Fazem sexo sem proteção, tomam remédio para aumentar pênis, engravidam sem planeamento
e o pior, estão cada vez mais pegando doenças sexualmente transmissíveis. Vamos
se cuidar!
obrigada por partilhar meu trabalho. A sua entrevista ficou linda. Você é uma luz também! bjs
ResponderEliminarObrigada Dra. Aline, de coração o seu trabalho é fantástico e o mundo precisa de pessoas de brilho e garra. Desejo o melhor do mundo
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