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Douglas Bardeline e o Trapézio..A força de um Sonho...

Olá meus amores, hoje trago uma entrevista vinda «do céu»...Douglas Bardeline, um homem que sente e segue os seus sonhos, que carrega na alma os sonhos de menino e que acima de tudo luta por eles. Uma historia de vida, um exemplo de lutar pelo que acredita, onde os principais ingredientes são: Fé, perseverança, determinação, e acima de tudo o amor...Seguir os sonhos e o coração não é assim tão difícil basta ter coragem, o que falta a muita gente...mas que sobra em Douglas. 

Parabéns...Por respeitares o que sentes sempre...Sem duvida um exemplo a seguir seja em que campo de vida for...Vamos voar nesta entrevista?


Margarida Menezes: Para quem não te conhece, como te apresentarias? Quem é Douglas Baderline?

«Eu...

Sou um artista sonhador
Um poeta inquisidor
Sou palhaço, trapezista
No ar sou voador...

Não tenho medo de fogo
Na lona quero o calor
Sou ator exibicionista
Dos calos inda resta a dor...

No palco no picadeiro
Na rua ou noutro lugar
Faço arte com muito orgulho
Quero mesmo é transformar...»

Douglas Bardeline



Douglas Bardeline: Respondi com poesia, mas vou explicar: Sou uma pessoa que vive de paixões intensas, no trabalho, na vida, sou uma pessoa que adora ajudar o próximo, adora a vida e seus desafios, sou brincalhão, gosto de levar a vida com humor, tenho 39 anos bem vividos e sei que a vida passa muito rápida, então aproveito cada minuto como se não fosse existir o próximo.

Sou Douglas, aquariano, brasileiro, solteiro, um amante das artes, trabalhador, romântico, uma pessoa cheia de defeitos, mas antes de tudo, uma pessoa do bem, esse sou eu, Bardeline. 


Margarida Menezes: Agora és trapezista, mas começas-te como professor certo? O que te levou a subir ao Trapézio? Foi atracão,  paixão ou amor à primeira vista?

Douglas Bardeline: Sim, agora sou trapezista, desde os 13 anos sou artista, de lá para cá são 25 anos de teatro, 13 de dança, 10 de circo, a verdade é que sempre estive conectado às artes cénicas, e no meio de tudo isso me tornei palhaço, professor de teatro-dança, circo.

Foi como professor de teatro acompanhando meus alunos numa aula de circo, que ao ver o trapézio de voos me apaixonei, foi como encontrar a peça que faltava no meu quebra-cabeças.



Tudo fez sentido, aquela paixão virou amor e ao passar dos anos só foi crescendo, eu não nasci no circo, o circo nasceu em mim, tenho muito orgulho de tirar meu sustento desta profissão tão linda e que respeito tanto, falo com prazer.

Sou trapezista, que seja eterno enquanto dure esse amor. 



Margarida Menezes: Trocas-te uma vida digamos certa, pela vida incerta do Circo? Seguiste o coração...Essa escolha valeu a pena. Porquê?

Douglas Bardeline: Na verdade acho que fiz ao contrário, minha vida era incerta, eu vivia sonhos de uma cultura comum, onde buscamos realizações nos bens adquiridos e não nos nossos valores, eu era uma pessoa comum que buscava uma vida comum, e certamente se não tivesse conhecido o circo estaria nesta vida incerta.

O circo me levou para o caminho certo, onde o mais importante é fazer o que você gosta, é viver seus sonhos, é seguir o coração,  e qual lugar representa tão perfeitamente uma vida de sonhos se não o circo? Não há arrependimentos, sou muito feliz, faria tudo novamente, se pudesse voltar ao tempo começaria no circo mais cedo, lamento apenas por isso, até o presente momento vale muito a pena esta experiência que estou vivendo por que ela une três grandes elementos que regem minha vida, viajar, voar e viver em contato com o mundo.




Margarida Menezes: Que países já visitas-te com o teu trapézio? 

Douglas Bardeline: Comecei no Brasil que já é um desafio enorme diante de tal tamanho, viajei por muitos estados durante 8 anos, até começar essa experiência aqui na Europa. Desembarquei na Suíça à dois anos atrás e por lá trabalhei alguns meses no circo Nock, depois seguimos com nossa aventura,  trabalhamos na Itália no circo Medrano, depois em Munique na Alemanha no circo Kroner, Dinamarca no circo Dennebrog, França com o Imperial Show, voltamos a Itália com o circo Medrano e hoje aqui em Portugal com o circo Vitor Hugo Cardinali.

Estes eu trabalhei com o trapézio, mas é claro que acabamos conhecendo outros em nossas viagens, entre eles fui à Suécia, Mónaco etc.

Margarida Menezes: Acreditas nas frases: «Querer é poder» e o «Sonho comanda a vida»? Em que é que te revês nelas, olhando para trás? 

Douglas Bardeline: Acredito sim, querer é poder, quando temos objectivos, quando temos desejos e se os mesmos são verdadeiros, nada pode nos deter, é preciso ter foco, viver seu desejo intensamente e isso será parte da conquista, o resto é consequência.

Não somos nada sem o sonho, o sonhar é a ignição para a vida, é o que nos dá esperança, meus sonhos me trouxeram até aqui, sonhar é muito bom, mas realizar um sonho é ainda melhor, mais da metade das minhas conquistas foram sonhos de criança que realizei, e quando penso em tudo isso volto a sonhar sonhos novos. 


Margarida Menezes: Que sacrifícios tiveste que enfrentar até chegares onde estás hoje? 

Douglas Bardeline: Eu deixei de sair muitas vezes para treinar, deixei de viajar para estudar, deixei de ir em festas para trabalhar, mas tudo isso eu faria novamente  se preciso fosse, é um preço justo quando se escolhe buscar teus sonhos e realiza los.

Passei muito tempo longe da família e diversas vezes nem pensava o quanto isso me faria falta, mais sem dúvida um dos meus maiores sacrifícios foi abandonar meus sobrinhos que nasceram à pouco tempo e que não tenho o convívio do dia a dia,  sei que o tempo não volta, mas me preparei para essa vida que levo, por tanto aceito as consequências e aprendi a conviver com isso.

Alguns dias bate a saudade e não à como conter as lágrimas, mas ai eles me motivam mostrando o quando estão felizes por me verem felizes, e isso não tem preço. 



Margarida Menezes: Qual a sensação de estar no trapézio? Consegues tentar descrever isso?

Douglas Bardeline: Quando estou lá no alto, as luzes, o murmúrio das pessoas, aquele frio na barriga que ainda tenho, sinto me a pessoa mais feliz do mundo, em minutos eu desfruto de um prazer que muitas pessoas não conseguem, por medo, falta de oportunidade, por alguma dificuldade, não importa, a questão é que naquele momento se parar o mundo pouquíssimas pessoas estão fazendo a mesma coisa que eu estou, não existe um trapezista em cada esquina, e isso me torna importante, algo assim, difícil de explicar.

Lá no alto parece uma eternidade, mas só quando acaba nos damos conta que foram apenas 10 minutos, os aplausos, os suspiros, sorrisos tornam isso tão prazeroso que ficaria voando por horas só para prolongar essa sensação. Eu definitivamente amo voar, amo o que eu faço. 



Margarida Menezes: A nível de  planos para o futuro o que tens em mente se é que podes desvendar?

Douglas Bardeline: Não costumo fazer planos a longo prazo, prefiro ir vivendo etapas, afinal não sabemos do amanhã, e eu sou uma pessoa intensa, me interessa apenas o hoje e o sonho do amanhã, mas não vivo nada antes, seguirei ainda por outros países, ano que vem já estarei voando em outros ares, outro circo e enquanto houver paixão, enquanto existir saúde e amor é este meu plano...

Voar, fazer trapézio e arrancar suspiros da plateia por onde eu for... 


Obrigada querido Douglas por esta entrevista, quem quiser assistir os próximos shows está convidado a aparecer na temporada de Natal do Circo Victor Hugo Cardinali, instalado  no Parque das Nações a partir de dia 30 de Novembro e deixarem-se deslumbrar por tão belo espectáculo afinal de contas o maior espectáculo do MUNDO! 

2 comentários:

  1. Parabéns meu querido! Fico muito feliz pelo seu sucesso! Várias conquistas na sua vida! Circo, circo, arte e amor

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