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Sim. Sou Actor Porno e Então?


Olá amigos, nesta minha entrevista quero vos dar a conhecer o Fábio que com os seus belos 22 anos de idade tem uma profissão que possivelmente atinge o imaginário de muitos adolescentes ou mesmo de homens adultos, ou seja o nosso Fábio trabalha na área da pornografia, ou seja filmes para adultos, dito de um modo mais «chique», ou menos «chocante», trocando por miúdos ganha dinheiro a brincar com aquilo que deus lhe deu!



Como em todas as entrevistas que faço, e que já foram algumas, o meu objetivo é desmistificar a «diferença» é mostrar que todos somos perfeitos na nossa imperfeição, e frisar mais uma vez bem claro que a liberdade está acima de tudo. Vamos desta forma, aceitar, compreender, respeitar, e apoiar os outros, porque todos juntos formamos apenas um...Humanidade.

Margarida Menezes: A área de filmes para adultos em Portugal creio eu ainda não é muito explorada. Porquê trabalhar nessa área no estrangeiro?


Fábio: Porque em Portugal as pessoas são viciadas em filmes pornográficos mas não assumem porque o país é um pouco fechado então eu tive que "sair" para fazer algo mais desinibido algo que em UK é mais que natural as pessoas "aceitam" o facto de tu trabalhares num ramo para adultos, a cultura é diferente é mais "open mind".


Margarida Menezes: Como começaste a trabalhar na área da pornografia se assim podemos classificar? E porquê?


Fábio: (Risos). Para ser sincero eu comecei porque tenho um familiar que também é do ramo, ele já me tinha convidado antes mas como também na altura ainda tinha uma mente fechada acabei por rejeitar até que...mais tarde fui viajar até Londres e o mesmo convidou-me para assistir a umas filmagens, ao inicio fiquei um pouco nervoso confesso mas depois ofereceram-me um cocktail e acho que foi aí que descontraí até que o meu familiar convidou-me novamente a entrar ou experimentar, indicando que era só uma experiência (acabou por se tornar a minha profissão até aos dias de hoje)  Porquê? Primeiro dinheiro e depois sendo muito honesto eu tenho um curso de teatro e acho que foi a forma mais prática de me dedicar à área de uma forma diferente na pornografia também representámos ao mesmo tempo que temos prazer (ou não) mas no meu caso sim, tenho esse prazer de poder representar, ter dinheiro com as filmagens que faço ou participo, sendo que ainda participo em festas privadas.

Margarida Menezes: Para o homem, ou seja para um Actor Porno masculino as cenas de sexo mais puxadas, se ele não tiver bem fisicamente ou psicologicamente podem ser complicadas não? Já te aconteceu?

Fábio: Claro que podem, é preciso ter uma boa alimentação e uma boa resistência pois algumas cenas são de facto "puxadas" mas também, não é assim algo de outro mundo, ainda não me aconteceu não, mas creio que puxado pode ser mais as cenas em que são a 3 ou mais que isso, aí de facto é preciso ter mais resistência e capacidade de agradar às duas mulheres (ou homens).

Margarida Menezes: É fácil, tanto para o homem como para a mulher trabalhar nessa industria e manter a sua vida amorosa normal? Ou não é possível?


«Para mim é difícil pois as mulheres só querem experimentar como é "fornicar" com um actor pornográfico»


Fábio: Acho que se sentem desafiadas, se as coisas acabam por ficar sérias acabam por estragar pois as mulheres com ciúmes (é a minha cruz ahah) são terríveis mas claro que é possível ter uma relação com alguém fora do ramo sendo até que tenho colegas do ramo que têm relações amorosas sólidas mas não é o meu caso, a mim chamam-me apenas "Casanova" (Risos).


Margarida Menezes: Quem trabalha nessa indústria, deixa de valorizar o amor porque aprende a bloquear os seus sentimentos e só «vê» sexo?

Fábio: Tem casos que sim outros que não, no meu caso e pelo que tenho observado não, porque amor é diferente do que fazemos pois como disse anteriormente nós estamos a representar um papel atribuído, só temos que encarar o dito "sexo" como arte e não confundir com amor, são duas coisas diferentes, sexo é algo que não envolve sentimento mas fazer amor como o próprio nome o indica é mesmo isso e é preciso estar bem ciente disso, mas também temos uma pequena equipa de psicólogos que nos preparam e nos previnem para esse efeito, não significa que não aconteça, no meu caso é um pouco difícil.


 Margarida Menezes: Já te apaixonas-te por uma colega de cena?

 Fábio: Não, só senti aquele friozinho mas nada mais que se tenha desenvolvido.


Margarida Menezes: Tens objectivos/sonhos de trabalho a nível da pornografia que gostasses de alcançar, ou é uma fase passageira na tua vida?


Fábio: Não sei ainda. O meu objectivo é poder ganhar alguns prémios e destacar me do que faço dos outros, se é passageiro não sei, mas para já é para manter porque gosto do que faço e tenho um feedback positivo.


Margarida Menezes: Os portugueses na tua opinião. Vêm mais sexo do que fazem?
 

Fábio: Claramente que sim, mas são hipócritas porque vêm mas condenam que faz, por isso é que vim para o estrangeiro apesar de me ser completamente indiferente esse tipo de comentários mas tenho que pensar na família que tenho em Portugal.

 

Margarida Menezes: Para quem ainda não se iniciou sexualmente, achas que ver um filme porno ajuda a «ganhar» vontade? Ou vai fazer efeito contrário? No meu caso foi tipo «Credo que nojo»!

 

Fábio: Pode causar os dois porque os filmes para adultos não são como «a nossa primeira vez» seja para homem ou para mulher, há pessoas que de tanta vontade querem logo o fazê-lo e alguém sem experiência pode «assustar» um pouco.
 
Margarida Menezes: Para finalizar, tenta-me explicar a diferença entre fazer sexo com uma colega de trabalho e com a tua namorada/mulher. Existe diferença?
 
 «Existe é que no final do mês com a colega de trabalho tenho dinheiro, com a mulher tenho contas para pagar». (risos)
Estou a brincar mas sim há claro, o sexo é algo que não envolve sentimentos por isso é que nós actores independentes nunca repetimos muito as cenas com as mesmas parceiras (actrizes) para que não se desenvolvam esses sentimentos pois é fácil ganhar afecto às pessoas. Colega de trabalho é colega (Sexo), namorada, mulher é outro nível (amor).

Obrigada Fábio por esta entrevista, com sexo ou amor ou com a dobradinha sexo com amor o importante é ser livre e feliz.
Margarida Menezes













6 comentários:

  1. Tanto erro para quem faz entrevistas...

    Assim só "de surra":
    - começaste e não "começas-te";
    - apaixonaste e não "apaixonas-te";
    - tenta explicar-me e não "tenta-me explicar"...

    A sério, a partir do momento em que geres um blog e, principalmente, já tendo publicado dois livros, não será melhor apostares na tua formação linguística? Todos erramos mas há que ter muita atenção quando o fazemos perante um público.

    Beijinhos

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    1. Obrigada Sr. Anónimo pelo seu comentário, as opiniões são sempre bem vindas, mas o meu objectivo não é a forma como as palavras se escrevem correctamente,se não ia para professora de português, mas sim que a mensagem seja entendida correctamente, se não percebeu temos pena. No meu caso eu posso «aprender a escrever correctamente», mas você terá muito que aprender para evoluir como ser humano. Já agora os erros da resposta são a essência do seu comentário. Fique bem.

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  2. Cara Margarida, o meu comentário veio por bem e não como ataque, como o entendeu. É pena que não aceite uma crítica construtiva que apenas abona a seu favor.
    No entanto, se acha que apenas os professores de português devem escrever corretamente está, sem sombra de dúvidas, enganada.
    Não entendo como alguém que se demonstra tão querida, e repito, o meu comentário veio por bem e enquanto fiel seguidor, pode afirmar que devo evoluir enquanto ser humano apenas porque falei dos seus erros gramaticais/ortográficos... Eu, quando me engano, prefiro que me informem... Lamento que não queira aprender com os seus erros, ainda que sejam do foro linguístico.
    Lamento, mas não me considero má pessoa por querer honrar a minha língua e, repito, não o fiz com intenção de a magoar. Não aceitou... ok.
    Uma boa noite para si.

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    1. Caro ... Eu não estou a dizer que não aceito criticas, claro que aceito, mas o que me deixa por vezes «chateada» é as pessoas apontarem o dedo sempre à parte negativa em vez de perceberem a mensagem num todo, porque as letras não fazem sentido mas as palavras sim, o conteúdo. Eu tenho 34 anos, e desde que escrevo nos meus diários ( Desde a primária) nunca prestei atenção à forma correcta como as palavras se escrevem, mas sempre prestei atenção à mensagem que elas me davam. Essência. Nos meus livros tive alguém que me corrigiu o português, porque como lhe digo, o meu foco não é a gramática nunca foi, é a mensagem o conteúdo. E infelizmente não tenho nenhuma «máquina» por trás, a escrever por mim no blogue. Aceito e fui corrigir os erros que me disse, mas esse não é o meu «foco», o meu foco é ser feliz não perfeita. Beijinhos e obrigada por me seguir.

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  3. Muito bom dimistificar o conceito é abrir mais mentes poluídas em pleno século XXI e ele tem razão não pode haver maior hipocrisia do que criticar algo que nos quando nos vemos sozinhos vemos e isso acontece muito em portugal

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    1. Olá, é isso mesmo tem toda a razão no que diz. Já está na hora de abrir as mentalidades sem vergonha de assumir as coisas, é que o pior nem é não assumir é criticar os outros quando no fundo se faz o mesmo! Obrigada e um beijinho

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